Introdução
A população mundial está envelhecendo, principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. A faixa etária de 60 anos ou mais é a que mais cresce em termos proporcionais. Projeções da OMS evidenciam que idosos no Brasil, no período de 1950 a 2025, deverão ter aumentado em quase 15 vezes, enquanto o restante da população terá aumentado em 05 vezes 12, 16, 18.
Com o envelhecimento populacional, o número de patologias, próprias da velhice, surgirá com maior freqüência e impacto na qualidade de vida dos idosos. Doenças relacionadas ao coração, artrites, osteoporoses e doenças neurológicas degenerativas, onde a demência tem uma prevalência significativa, serão cada vez mais comuns na população que está envelhecendo de forma rápida e contínua. Por isso a necessidade da criação de uma nova rede de serviços de assistência social e de saúde a essa população, como o atendimento odontológico domiciliar salientam Graziano(1999) e Leal et al(2006).
De acordo com Nunes,Portella(2003), Floriani,Schramm(2004) e Spielman et al(2005) o atendimento odontológico domiciliar corresponde à ida do cirurgião-dentista à residência ou ambiente em que o paciente se encontra e é uma até então desconhecida maneira de se atuar na odontologia, ou seja, o cirurgião-dentista deve se adaptar e criar condições de promover a saúde bucal nesta população.
Atualmente, a odontologia domiciliar surge como uma inovação profissional. O atendimento em casa e adequado a este contexto do paciente, são as vertentes dessa nova prática odontológica que tem como objetivo maior a realização de procedimentos clínicos odontológicos em pacientes que os necessitem no sentido de contribuir para a sua qualidade de vida. As práticas de atuação à saúde na área preventiva, prótese, periodontia, estomatologia (prevenção de lesões de mucosa) e, em alguns casos, a cirurgia (exodontia) e atividades protéticas diversas, são as principais oportunidades de atuação profissional com estes pacientes 3, 4, 7,10, 13, 15.
O atendimento odontológico domiciliar se insere nesse contexto de participar de todas as etapas inerentes ao bem-estar do paciente. Conforme Shinkai,Cury(2000), o cirurgião-dentista deve fazer parte de um planejamento minucioso com os demais profissionais da saúde, seja compartilhando informações, seja como integrante de uma equipe clínica multidisciplinar...
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