span.fullpost {display:inline;} LN Informa - Blog do Laboratório Nicolau: AS MULHERES DE CÉSAR

9 de out. de 2009

AS MULHERES DE CÉSAR


Caio Júlio César (110 a.C. – 44 a.C.)
"A mulher de César não basta ser honesta, precisa parecer honesta"

Em 63 a.C., Júlio César, o maior imperador Romano, em cujo reinado Roma atingiu o apogeu em termos culturais, políticos, administrativos e territoriais (o império se estendia por quase toda a Europa, parte da Ásia e Egito, na África), acabara de ser eleito pontifex maximus. Esta eleição significava que ele havia conquistado plenos poderes. Porém a vitória ficou marcada por um escândalo pessoal.

Depois da morte da primeira esposa, Cornélia, por problemas no parto, César se casara com Pompéia, uma das netas do antigo ditador Sula. No entanto ela tinha um fã, chamado Clódio. Para chegar até a amada ele se disfarça de mulher e entra no Santuário, onde estava sendo celebrado o rito da Bona Dea (Boa Deusa), organizado por Pompéia e exclusivo às mulheres. Foi descoberto por causa do timbre da sua voz e, a partir daí, o povo ficou indignado com tanta libertinagem. Clódio é julgado. César ao prestar depoimento, declara que considerava sua mulher inocente. O jovem admirador de Pompéia acaba sendo absolvido.

César, no entanto, passa a rejeitá-la e pede o divórcio. Ao ser questionado sobre o motivo de ter agido de forma tão dúbia, ele se justifica: não basta que a mulher de César seja honrada, ela não pode ser suspeita de nada. A imagem de uma figura pública, como César, ficaria manchada de forma indelével, se as pessoas ficassem comentando sobre sua mulher, sendo ela inocente ou não.

A afirmação sobre a honestidade de Pompéia abrange um dos conceitos mais importantes do marketing do século XXI. Não basta trabalharmos muito bem, com pontualidade, qualidade, termos ética e praticarmos a sustentabilidade (esse termo sofisticado virou moda, no entanto nossos avós faziam isso há mais de cem anos, por exemplo: ao ter uma hortinha no jardim, ao consertar todas as roupas, ao usar fraldas de pano, etc). Além disso,
não é suficiente nos preocuparmos também com a biosegurança e seguirmos toda a legislação ao pé da letra.

Em síntese, temos que mostrar de forma clara que fazemos sempre o melhor. Para usar uma expressão ainda mais conhecida: matar pelo menos um leão todo dia.

Isso não só em termos profissionais, mas também em casa, com os amigos e até com os nossos pets.
Aqueles que se queixam de ter que dar cabo do felino todo dia, não se espantem. C'est la vie.

Além disso, também, devemos estar atentos ao mercado e saber escutar nossos clientes. Dias antes de ser assassinado, Calpúrnia Pisonis, a terceira mulher de César, havia tido um presságio terrível, através de um sonho. César ignorou-a dizendo: só se deve temer o próprio medo . Mas, este marketing case fica para uma das próximas matérias.



Cornélia                 Julio César
                                        
Danilo Barossi Cury                                                           
Engenheiro e Pesquisador do Império Romano
dbc@nicolau.com.br

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