span.fullpost {display:inline;} LN Informa - Blog do Laboratório Nicolau: Entrevista ao TPD de Sucesso

8 de abr. de 2010

Entrevista ao TPD de Sucesso

NICOLAU JOSÉ CURY

- Presidente da comissão dos TPDs no CROSP

- Presidente do Laboratório Nicolau

- Fundador e ex-diretor de várias entidades de classe

- TPD desde 1948 com inscrição remida no CROSP n. 005

- Ex-assessor da presidência do CFO

- Premio “Lecron de Ouro” em 1973 e 2002

- Premio “Top Smile - Referência Odontológica” nos últimos 7 anos

- Primeiro TPD a receber a Comenda e Medalha Tiradentes - 2006

- Vários cursos de especialização na Europa e Estados Unidos

- Pioneiro, introdutor e divulgador de várias tecnologias, especialmente na área de Prótese sobre Implantes e Odontologia Estética


Obrigado por sua atenção em nos conceder esta entrevista. Fique a vontade para não responder alguma pergunta, bem como colocar outras que no seu entender sejam importantes no seu caso. Coloque um pouco do currículo.

Como teve a idéia de trabalhar com Prótese? Como foi seu início na profissão?

Comecei aos 13 anos, como boy, em Botucatu no laboratório de Rubens Konishi e, muito curioso, comecei a mexer em tudo, com isso, depois de muito pouco tempo passei a auxiliar. Antevi um bom futuro na profissão , pois Konishi , um profissional muito respeitado, que veio do Japão no final dos anos 30, vestia-se sempre muito bem e morava no melhor hotel da cidade. O importante é que aprendi a profissão com um mestre e isso foi determinante na minha vida.

Fiquei lá por mais ou menos 5 anos e vim para São Paulo, onde comecei no Laboratório Vitallium. Depois do Vitallium, trabalhei, já como TPD, numa clínica no Ipiranga. Antes de completar 20 anos já tinha meu próprio Laboratório. Isso no começo dos anos 50. Eram 2 salinhas na Rua Sete de Abril. O laboratório cresceu, são 5 laboratórios, cada um dirigido por um técnico e centralizados no controle de qualidade e administração. Hoje ocupamos os 2 últimos andares do mesmo prédio que foi totalmente modernizado e é um edifício tranquilo perto da biblioteca municipal.

Lembra como foi o seu primeiro trabalho como aprendiz?

Foi uma soldagem. Fiz com muito cuidado, demorei quase uma hora. Ainda bem que ficou perfeita.

Como conquistou o seu título de Técnico em Prótese
Dentária?

Obtive o título em 1948. Na época era obrigatório fazer um exame prático e outro teórico.

Quais as dificuldades que teve na área técnica na época?

Cada época tem as suas coisas boas e as suas dificuldades. As dificuldades nos tornam mais fortes . Procuro também não ser saudosista , pois isto impede a nossa evolução. Fiz tudo sempre com muito amor, talvez por isso não me lembro de maiores dificuldades.

Lembra de algum caso pitoresco acontecido no laboratório?

Com Konishi tive que me acostumar com as tradições japonesas. No começo achava engraçado. Mas depois percebi que elas representavam respeito, hierarquia, humildade, qualidades que ajudaram a moldar o meu caráter.

Quais foram seus maiores ou melhores momentos?

Os maiores foram as premiações: Lecron de Ouro (2 vezes) e o melhor Laboratório ( Top Smile – 7 vezes ) e a Comenda e Medalha Tiradentes (2006) , que é a maior Láurea da Odontologia Paulista. Os melhores foram os nascimentos dos meus filhos, Eduardo e Danilo e neto, Nicolas.

Qual o marketing que usou para começar?

O mesmo que uso e cumpro até hoje: ética, qualidade e pontualidade.

Tem algum Protético na família?

Meus dois filhos e um sobrinho.

Quem é seu maior ídolo na Prótese?

São diversos. Mas, poderia citar 4 , que, creio eu ,são “hors concours”:
-Professor Rui Brunetti: que fez da teoria a nossa prática, através de seus cursos;
-Reinaldo Todescan, que no IV CIOSP, conseguiu que os TPDs também participassem dos congressos da APCD, buscando a aproximação entre CDs e TPDs;
-Carlos Aldrovani, o primeiro presidente da Associação dos Protéticos;
-Alberto Linares , ex-presidente da Dentsply do Brasil.
Sem eles teríamos que reescrever a história da prótese no Brasil.

Na profissão, quem são seus grandes amigos?

Graças a Deus, só tenho amigos. Poderia citar muitos, mas sempre faltaria alguém.

Quem fez mais pela Prótese Dentária nestes anos todos?

Sem dúvida, Alberto Linares. A maior referência dentro da classe.

Qual seu livro ou autor preferido na profissão?

Ribeiro, adoro os seus livros e os tenho como referência. Tive a honra de prefaciar um deles, que foi o primeiro livro na área de marketing para TPDs. Eles não podem faltar na biblioteca de nenhum profissional da Odontologia. Além deles, leio e consulto sempre as obras do Dirceu Vieira, Mondelli e Franciscone.

Qual a revista na área da Prótese que mais gosta de ler?

Implant News e Apdesp Informa.

O que acha da Prótese Dentária hoje? E no futuro!
Qual será o caminho mais indicado para a Prótese no futuro?

Hoje e cada vez mais, as tecnologias CAD-CAM. Porém não devemos nos esquecer dos fundamentos, que são imutáveis.

Quem o ajudou a obter o sucesso profissional?
Minha esposa, Lúcia.

Sente-se realizado profissionalmente?

Sim , principalmente por ter formado, no meu Laboratório, mais de 500 profissionais, que hoje também são TPDs de sucesso.

Congressos, palestras e cursos, qual o mais importante?

Todos são muito importantes . Sempre aprendemos alguma coisa. Cito o congresso da Apdesp. Em 1978, quando realizamos o primeiro, tivemos a participação de cerca de 2500 profissionais . Para o próximo, em 2011, temos a expectativa de 12000 adesões.

A prótese convencional vai permanecer por muito tempo?

Em torno de dez anos.

Qual área da Prótese Dentária que mais atua?

Atuo em todas as áreas. Conforme já disse, no meu Laboratório tenho um técnico responsável para cada setor.

Deixe uma mensagem para os Técnicos mais novos:

Fiquem espertos. O que é bom hoje, pode não valer nada amanhã.

A palavra é sua para considerações finais.

Muito obrigado pela oportunidade. Aos TPDs: devemos nos unir e criar o nosso próprio Conselho de Prótese Dentária. O benefício será de todos.


Entrevista por : Antônio Inácio Ribeiro ribeiro@odontex.com.br

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