Laboratório Nicolau LN Informa - Blog do Laboratório Nicolau: 04/01/2010 - 05/01/2010

29 de abr. de 2010

Ação odontológica preventiva em paciente idoso dependente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – Relato de caso clínico

RESUMO

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor hospitalar caracterizado por ser responsável pela monitoração contínua de pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, sendo fornecidos o suporte e tratamento intensivos que podem contribuir na recuperação dos mesmos. O presente relato de caso tem como objetivo abordar a intervenção odontológica na UTI de um hospital em Brasília-DF, suas peculiaridades e condutas clínicas adotadas na promoção de saúde e adequação do meio bucal. Paciente idoso dependente, leucoderma, portador de demência em estágio avançado, com 86 anos, foi internado por um período de 06 dias na UTI devido a comprometimentos sistêmicos pulmonares e outras implicações sistêmicas. A ação odontológica foi direcionada à eliminação de focos inflamatórios como o biofilme (placa bacteriana) e cálculo supragengival, além de possíveis agentes infecciosos decorrentes de problemas bucais, como a saburra lingual, que poderiam estar agindo como incrementantes de doenças sistêmicas adquiridas como a pneumonia nosocomial. Foram realizadas ações clínicas como raspagem supragengival, escovação dentária orientada e supervisionada com pasta profilática e fluoreto fosfatado acidulado a 1,23%, além da terapia periodontal de suporte. Foram realizadas orientações à equipe de enfermagem de manejo, técnica e adaptação profissional para a manutenção da saúde bucal. Observou-se a melhora significativa da condição odontológica do paciente, ou seja, a eliminação do biofilme dental, saburra lingual e do processo inflamatório nos tecidos periodontais colaborando, de fato, para o não-aparecimento de novas doenças oportunistas, como é a pneumonia nosocomial. Concluiu-se que a participação de um cirurgião dentista, com capacitação voltada à este tipo de paciente, ajuda de fato numa mudança de quadros clínicos, tornando as equipes verdadeiramente interdisciplinares para uma pronta recuperação dos pacientes.

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Matéria : Revista Implant News


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8 de abr. de 2010

Entrevista ao TPD de Sucesso

NICOLAU JOSÉ CURY

- Presidente da comissão dos TPDs no CROSP

- Presidente do Laboratório Nicolau

- Fundador e ex-diretor de várias entidades de classe

- TPD desde 1948 com inscrição remida no CROSP n. 005

- Ex-assessor da presidência do CFO

- Premio “Lecron de Ouro” em 1973 e 2002

- Premio “Top Smile - Referência Odontológica” nos últimos 7 anos

- Primeiro TPD a receber a Comenda e Medalha Tiradentes - 2006

- Vários cursos de especialização na Europa e Estados Unidos

- Pioneiro, introdutor e divulgador de várias tecnologias, especialmente na área de Prótese sobre Implantes e Odontologia Estética


Obrigado por sua atenção em nos conceder esta entrevista. Fique a vontade para não responder alguma pergunta, bem como colocar outras que no seu entender sejam importantes no seu caso. Coloque um pouco do currículo.

Como teve a idéia de trabalhar com Prótese? Como foi seu início na profissão?

Comecei aos 13 anos, como boy, em Botucatu no laboratório de Rubens Konishi e, muito curioso, comecei a mexer em tudo, com isso, depois de muito pouco tempo passei a auxiliar. Antevi um bom futuro na profissão , pois Konishi , um profissional muito respeitado, que veio do Japão no final dos anos 30, vestia-se sempre muito bem e morava no melhor hotel da cidade. O importante é que aprendi a profissão com um mestre e isso foi determinante na minha vida.

Fiquei lá por mais ou menos 5 anos e vim para São Paulo, onde comecei no Laboratório Vitallium. Depois do Vitallium, trabalhei, já como TPD, numa clínica no Ipiranga. Antes de completar 20 anos já tinha meu próprio Laboratório. Isso no começo dos anos 50. Eram 2 salinhas na Rua Sete de Abril. O laboratório cresceu, são 5 laboratórios, cada um dirigido por um técnico e centralizados no controle de qualidade e administração. Hoje ocupamos os 2 últimos andares do mesmo prédio que foi totalmente modernizado e é um edifício tranquilo perto da biblioteca municipal.

Lembra como foi o seu primeiro trabalho como aprendiz?

Foi uma soldagem. Fiz com muito cuidado, demorei quase uma hora. Ainda bem que ficou perfeita.

Como conquistou o seu título de Técnico em Prótese
Dentária?

Obtive o título em 1948. Na época era obrigatório fazer um exame prático e outro teórico.

Quais as dificuldades que teve na área técnica na época?

Cada época tem as suas coisas boas e as suas dificuldades. As dificuldades nos tornam mais fortes . Procuro também não ser saudosista , pois isto impede a nossa evolução. Fiz tudo sempre com muito amor, talvez por isso não me lembro de maiores dificuldades.

Lembra de algum caso pitoresco acontecido no laboratório?

Com Konishi tive que me acostumar com as tradições japonesas. No começo achava engraçado. Mas depois percebi que elas representavam respeito, hierarquia, humildade, qualidades que ajudaram a moldar o meu caráter.

Quais foram seus maiores ou melhores momentos?

Os maiores foram as premiações: Lecron de Ouro (2 vezes) e o melhor Laboratório ( Top Smile – 7 vezes ) e a Comenda e Medalha Tiradentes (2006) , que é a maior Láurea da Odontologia Paulista. Os melhores foram os nascimentos dos meus filhos, Eduardo e Danilo e neto, Nicolas.

Qual o marketing que usou para começar?

O mesmo que uso e cumpro até hoje: ética, qualidade e pontualidade.

Tem algum Protético na família?

Meus dois filhos e um sobrinho.

Quem é seu maior ídolo na Prótese?

São diversos. Mas, poderia citar 4 , que, creio eu ,são “hors concours”:
-Professor Rui Brunetti: que fez da teoria a nossa prática, através de seus cursos;
-Reinaldo Todescan, que no IV CIOSP, conseguiu que os TPDs também participassem dos congressos da APCD, buscando a aproximação entre CDs e TPDs;
-Carlos Aldrovani, o primeiro presidente da Associação dos Protéticos;
-Alberto Linares , ex-presidente da Dentsply do Brasil.
Sem eles teríamos que reescrever a história da prótese no Brasil.

Na profissão, quem são seus grandes amigos?

Graças a Deus, só tenho amigos. Poderia citar muitos, mas sempre faltaria alguém.

Quem fez mais pela Prótese Dentária nestes anos todos?

Sem dúvida, Alberto Linares. A maior referência dentro da classe.

Qual seu livro ou autor preferido na profissão?

Ribeiro, adoro os seus livros e os tenho como referência. Tive a honra de prefaciar um deles, que foi o primeiro livro na área de marketing para TPDs. Eles não podem faltar na biblioteca de nenhum profissional da Odontologia. Além deles, leio e consulto sempre as obras do Dirceu Vieira, Mondelli e Franciscone.

Qual a revista na área da Prótese que mais gosta de ler?

Implant News e Apdesp Informa.

O que acha da Prótese Dentária hoje? E no futuro!
Qual será o caminho mais indicado para a Prótese no futuro?

Hoje e cada vez mais, as tecnologias CAD-CAM. Porém não devemos nos esquecer dos fundamentos, que são imutáveis.

Quem o ajudou a obter o sucesso profissional?
Minha esposa, Lúcia.

Sente-se realizado profissionalmente?

Sim , principalmente por ter formado, no meu Laboratório, mais de 500 profissionais, que hoje também são TPDs de sucesso.

Congressos, palestras e cursos, qual o mais importante?

Todos são muito importantes . Sempre aprendemos alguma coisa. Cito o congresso da Apdesp. Em 1978, quando realizamos o primeiro, tivemos a participação de cerca de 2500 profissionais . Para o próximo, em 2011, temos a expectativa de 12000 adesões.

A prótese convencional vai permanecer por muito tempo?

Em torno de dez anos.

Qual área da Prótese Dentária que mais atua?

Atuo em todas as áreas. Conforme já disse, no meu Laboratório tenho um técnico responsável para cada setor.

Deixe uma mensagem para os Técnicos mais novos:

Fiquem espertos. O que é bom hoje, pode não valer nada amanhã.

A palavra é sua para considerações finais.

Muito obrigado pela oportunidade. Aos TPDs: devemos nos unir e criar o nosso próprio Conselho de Prótese Dentária. O benefício será de todos.


Entrevista por : Antônio Inácio Ribeiro ribeiro@odontex.com.br

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1 de abr. de 2010

Lições da Família Toyoda

Dezembro de 2007. Festa de fim de ano, no centro de operações da Toyota em Toyota City, antiga Koromo, a 50km de Nagoya. Entre uma e outra dose de sakê, Shoichiro Toyoda, 80 anos, ainda vigoroso, ex-presidente e filho do fundador, o lendário Kiichiro, recebia os cumprimentos. A empresa havia chegado ao topo, era agora a maior e mais rentável montadora do mundo. O Sistema Toyota de Produção estava sendo utilizado desde hospitais até lavanderias.

Discreto, seu semblante denotava preocupação. O que estava acontecendo? Décadas de experiência, tornaram Shoichiro um visionário. Para ele, o que iria acontecer parecia tão óbvio. Apesar de suas seguidas advertências nas reuniões do Conselho, ele notava que seus executivos continuavam insensíveis, arrogantes. Os ensinamentos de humildade, a priorização da qualidade, visando à confiabilidade, pontos essenciais para seu pai, parece que haviam sido esquecidos pela terceira geração. A meta de crescer a qualquer custo é essencialmente perigosa, ele pensou. Mas, não havia o que fazer.

No outro lado do salão, seu filho Akio, vice-presidente executivo e, em breve, futuro presidente, conversava discretamente com um grupo de técnicos, provavelmente, sobre os segredos dos novos lançamentos.

Shoichiro pensou, com um sentimento misto de culpa, tristeza e satisfação, que seu pai havia sofrido os horrores da guerra, viu seu país semi-destruído e ajudou a reconstruí-lo. A segunda geração, a dele, havia sido privilegiada. Os tempos foram difíceis, também, mas todos puderam trabalhar e muito, porém, sem maiores sobressaltos. Todos venceram, e realizaram seus sonhos, muito além do que puderam imaginar. Agora, seu filho iria viver a treva, as oscilações e as incertezas da crise. Tomou mais um gole de sakê. Enfim, pensou, ninguém pode fugir do seu destino. Ao nascer em berço de ouro e ver seus pais enriquecendo cada vez mais, o destino de Akio já estava traçado. Podemos fugir dos credores, dos falsos amigos, dos inimigos, das tentações, dos vícios e até de nossos pensamentos, mas não do que já está traçado. Maktub, como dizem seus amigos árabes, pensou ele.

DE VOLTA AS BASES COM AKIO

Fevereiro de 2010. Madrugada em Nagoya. Shoichiro vê pela televisão Akio, agora o CEO da Toyota, falando à Comissão de Fiscalização do Congresso Americano. Humilde, um pouco inseguro, ele tenta explicar o que está acontecendo com os carros da empresa.
Shoichiro comenta para sua esposa Hiroko:
- Que m....! Mais uma vez estamos abaixando as calças para os americanos!
- Calma! Akio vai saber dar a volta por cima, como nossos pais fizeram, respondeu Hiroko!
- E esses malditos coreanos! Sempre megalomaníacos, comendo sardinha e arrotando camarão. Já estão dizendo que estão na nossa frente. Vamos ter que derrotá-los novamente!
- Quanto mais velho, mas impaciente você fica. Vamos derrotá-los mais uma vez, porém, agora, comercialmente. Akio tem a fibra de seu pai. Apaziguou Hiroko.
- Quer dizer que eu não tenho fibra!
- Não foi isso que eu falei. E deu um beijo no seu marido.

Hiroko estava certa. Ao depor no Congresso Americano, Akio se desculpou pelas falhas de seus modelos top de linha, como o Corolla, o Lexus, o Camry, o Prius o RAV4 e outros, que causaram inúmeros acidentes em todo o mundo. Comprometeu-se pessoalmente de que a Toyota voltará a trabalhar de forma vigorosa e incessante para restabelecer a confiança do consumidor.

A Toyota, fulminada pelo recall de 8 milhões de unidades no Japão, Europa e Estados Unidos, causado por problemas eletrônicos, problemas nos pedais e até nos tapetes, teve um prejuízo de US$ 429 milhões e as vendas despencaram em 1,9 milhões de unidades em 2009. Isto significa o tamanho da produção da Daimler-Benz, uma das 12 maiores do mundo.

Akio foi empossado no meio da tormenta e não perdeu tempo. Trocou toda a velha diretoria, encostou executivos que estavam mofando no poder e chamou gente ainda mais experiente e com pique para o trabalho. No mercado mundial, re-dividiu as operações do grupo, colocando executivos vencedores, com inglês fluente e MBA nos Estados Unidos, como ele. Akio instituiu um estilo duro de gestão. Até para ele. Um amante da velocidade, sempre testou os lançamentos da empresa. No entanto, foi com lágrimas, que anunciou o afastamento da Toyota na Formula 1, por causa dos altos custos. Instituiu um slogan para a sua gestão: “De volta às bases”.

LIÇÕES DA CRISE

É obvio que os trechos em itálico, embora devam estar próximos da realidade, são pura ficção.

Porém, quais as lições que podemos tirar do caso Toyota?

Alguns falaram até em sabotagem. É possível. No entanto, os executivos arrogantes, que já devem estar na rua, esqueceram-se de um dos lemas do velho mestre Kiichiro: “Controle de qualidade total em todas as etapas, desde o recebimento dos componentes, até a entrega do veículo”. O controle de qualidade total elimina fraudes e sabotagens.

Outro erro: crescer a qualquer custo. Com isso, mais uma vez deixaram de lado os princípios que nortearam a evolução e sucesso da Toyota. Pior, quase jogaram no lixo, uma das marcas mais valiosas do mundo, com 70 anos de sucesso.

Na edição de mai/jun de 2008, escrevemos uma matéria com o título “É POSSÍVEL UM LABORATÓRIO TOYOTA?” Continuamos achando possível, desde que se preste atenção em um de seus parágrafos (transcrevo literalmente) :

“Em resumo, os pontos chaves, em um laboratório, para a implantação do Sistema Toyota, além de (IMPORTANTÍSSIMO), uma predisposição e humildade para evoluir, aprender e ensinar (ensinando se aprende muito), em todos os momentos, são....”


               


Danilo Barossi Cury
TPD e Engenheiro de Produção



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Terceira Idade: Orientações Sobre Saúde Bucal

As projeções futuras realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) registram o aumento expressivo da população idosa no Brasil e no mundo. Esta população muitas vezes é acometida por diversos problemas, como a xerostomia (boca seca), cáries de raiz, problemas nas pontes/próteses totais, doenças periodontais, lesões da mucosa bucal (candidíases, leucoplasias, etc), câncer bucal, etc. Então, esta população precisa de cuidados e orientações específicas quanto a sua saúde bucal.

Na boca existem bactérias que ficam juntas e formam a chamada "Placa Bacteriana". A "Placa Bacteriana" é a principal causa de cáries e doenças periodontais. A Placa Bacteriana é uma película transparente que se forma sobre a superfície dos dentes e ao redor da linha das gengivas. Ela é composta por uma colônia de bactérias que decompõem o açúcar e os restos alimentares acumulados, produzindo ácidos que atacam os dentes e a gengiva.

Um fator que pode causar a cárie na terceira idade é a chamada "xerostomia" ("boca seca"). A xerostomia, que é a diminuição da quantidade de saliva, é comum em quem toma muitos medicamentos, como por exemplo os idosos. No caso daqueles que sofreram radioterapia anticancerígena de cabeça e pescoço, uma diminuição do fluxo salivar ainda maior é observada e pode criar as cárie de radiação com uma exposição muito grande na região da raiz do dente, e por isto, é importante a participação dos dentistas antes dos tratamentos oncológicos iniciarem...

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A Importância das Lesões na Mucosa Bucal na 3ª Idade

Os indivíduos da terceira idade estão sujeitos a vários tipos de lesões na mucosa bucal (como candidíases e leucoplasias) e outras doenças, como por exemplo, o câncer bucal. A candidíase é uma infecção por levedura das membranas da mucosa da boca e da língua, sendo que a principal causadora de infecção em seres humanos é a Candida albicans. Os sintomas incluem o surgimento de placas esbranquiçadas e aveludadas na membrana mucosa da boca e da língua. Outra lesão da mucosa é a leucoplasia. É uma das lesões cancerizáveis mais frequentes da boca. E isto vai depender de hábitos nocivos à saúde como o tabagismo associado ao etilismo, pois pode aumentar o risco de tornar-se cancerizável. Ela desenvolve-se em qualquer região da boca, sendo que as áreas mais afetadas são no lábio inferior, rebordo lateral de língua e mucosa jugal (mucosa interna da bochecha). O seu aspecto clínico é semelhante a outras lesões com aspecto de placas brancas que ocorrem na cavidade bucal. Já o câncer oral aparece geralmente como uma ulceração (ferida) com as bordas elevadas e pode se apresentar também com coloração branca e/ou vermelha. Essa ferida, no início, não dói e não cicatriza e o indivíduo pode apresentar dificuldade em falar ou engolir.

Mas o diagnóstico correto, tanto das lesões na mucosa como do câncer bucal, é realizado pelo dentista, sendo importante o diagnóstico precoce das mesmas. Para isto, é fundamental que os indivíduos da terceira idade realizem o auto-exame, isto é, o exame da própria boca diante do espelho, que possibilita a detecção de lesões na boca na fase inicial e a pessoa ao perceber alguma anormalidade, deve procurar o seu dentista.

Idosos que tem boa coordenação motora (idosos independentes), devem realizar o auto-exame através de um espelho e em um local bem iluminado. Aqueles que usam próteses (dentadura) precisam retirá-las antes de começar o exame. Baseado no que preconiza o Instituto Nacional do Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, o auto-exame deve ser feito da seguinte forma:

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